Na Cidade do México, os eventos acontecem semanalmente em duas Arenas no centro e são diversão garantida para toda a família – inclusive os que não curtem lutas em geral.
Sou intrinsecamente pacifista e foi com relutância que decidi ir a uma noite de Lucha Libre na Cidade do México. Me garantiram que não era uma luta de verdade, que era tudo encenação e, por isso, fui. Não gosto mesmo de apoiar gente a machucar gente, mesmo que várias modalidades sejam esporte olímpico, inclusive. Sei lá, coisa minha. Mas a Lucha Libre é diferente!
As Luchas são uma mistura de encenação de luta com acrobacias ensaiadas e teatro bem exagerado, com personagens “do bem” e “do mal”, os técnicos e os rudos. Os bonzinhos são mais aclamados pela torcida, mas são os vilões que todos amam odiar: eles trapaceiam, xingam a torcida, desrespeitam as regras da Lucha (que regras??), entram no ringue ao som de metal pesado, usam preto, vermelho, dourado. Existem lutas de anões contra anões, de mulheres de aparência propositalmente grotesca ou sensual, de homens magros, gordos, fortões. Dá a impressão que todo mundo pode ser um luchador, contando que se empenhe e tenha uma roupa maneira. Só torci o nariz para as gostosas semi-nuas que entravam nos intervalos das luchas com o objetivo de anunciar avisos diversos e chamar a atenção do público para os novos combatentes da rodada. É o machismo mexicano de cada dia, que não dá para ignorar.
O público é composto de pessoas de todas as idades. De crianças fantasiadas com as máscaras de seus luchadores favoritos a velhinhas muito bem arrumadas, todos, meio do espetáculo, já estão exaltadas, xingando os rudos e pedindo mais coro neles por parte dos técnicos, esses me pareceram bastante bunda-mole. Os expectadores se dividem entre aqueles que acompanham cada acrobacia maluca com admiração e aqueles que nem se importam muito com o que está acontecendo, contando que o pau continue quebrando no ringue e eles possam continuar xingando e gritando em sua direção.
As luchas parecem ser um ambiente de catarse coletiva, porque é muita histeria por uma luta claramente mal ensaiada. E é por isso que é tão legal conhecer essa faceta da cultura mexicana. Aqui, no Brasil, a TV Excelsior tentou introduzir a Lucha Libre com o programa Telecatch (quem era criança na década de 1960 deve se lembrar), mas a lucha não ganhou a popularidade necessária para se instalar em nossa cultura da mesma maneira…
Na Cidade do México, é possível assistir a luchas regularmente nas Arenas México e Coliseo, ambas no centro. Os ingressos podem ser comprados antes pelo site da Ticket Master México, os lugares raramente chegam à lotação máxima. Os valores dos ingressos variam de acordo com a distância do lugar ao palco. Estando longe ou perto, a diversão é garantida. 😉
Escrevi mais sobre as Luchas Libres mexicanas no blog EUSOUATOA.com.
E aí? Que tal dar um pulinho no México e conhecer com seus próprios olhos?
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