* Por Ezequiel Celes
A viagem que me marcou não foi uma, mas duas que contarei a seguir.
Logo após o divórcio dos meus pais, eu, minha mãe e meu irmão moramos por uns anos no Espírito Santo, em uma cidade a 100 km de Vitória, então a ida ao litoral era bem constante. Nessas idas e vindas eu me lembro de uma vez que fomos à praia e tudo ocorreu normalmente, me lembro de nadar bastante e me divertir. Depois disso voltamos para casa e a vida seguiu.
Eu fiquei praticamente 20 anos sem sequer pisar numa praia então minhas únicas lembranças concretas são os meus primeiros anos de vida e essa última vez, que foi se apagando da memória. Eu obviamente viajei para outros lugares, mas sem ir ao litoral – um sacrilégio para um brasileiro! ahahaha
Em 2016 eu fiz uma viagem com minha irmã para Rio das Ostras e finalmente pude rever o litoral. O mais estranho é que assim que pisei na areia eu meio que me senti em casa, mesmo que quase 20 anos mais tarde. Durante toda a viagem fui quase diariamente à praia, nadei, curti. O detalhe importante é que quase todas as vezes eu fui à praia com a minha irmã. Da última vez que fui quando criança minha irmã ainda não era nascida, só muitos meses depois.
Eu senti como se um ciclo se encerrasse. A ida ao litoral, que é muito comum pra a grande maioria de nós no verão, fez com que eu refletisse sobre as experiências que deixamos passar, seja pela vida corriqueira, as dificuldades ou até mesmo à distância.
Agora em 2020 eu tinha planos para tirar meu passaporte, me aventurar pelo Norte do país nas minhas férias e conseguir conhecer mais do mundo. Mas, devido ao cenário atual, os planos foram adiados. Adiados, porém não esquecidos!
Depois que isso tudo passar, retomarei os sonhos planos e me permitirei viajar mais. Viagens não são só experiências adquiridas, mas também fecham ciclos. E nos faz ter vontade de imaginar qual o próximo destino.
Ezequiel Celes é analista de atendimento na Maxmilhas, aquariano que adora se reinventar e mal pode esperar para a próxima viagem!