*Por Ada Gomes Ribeiro
Nunca imaginei que conheceria um outro país, até de fato colocar os meus pés no Peru. Vem comigo neste texto, que eu vou te contar tudo sobre a minha primeira viagem internacional.
Muito antes de me formar em Turismo já me interessava pela cultura e manifestações culturais dos povos. Não há um jeito melhor para conhecer tudo isso como viajar para o destino e foi exatamente o que eu fiz. Mas antes de embarcar nesse sonho que também seria uma aventura, eu me planejei.
Iniciando os trabalhos
Não diferente da maioria das pessoas, eu fiquei muito ansiosa e apreensiva com a minha primeira viagem internacional, mas estava um pouco aliviada também pois não estava indo sozinha.
Eu e meu namorado (Paulo Bruce <3) decidimos viajar para a América do Sul. Era um desejo de nós dois, mas não tínhamos ao certo o destino. Esse foi o primeiro (bom) desafio: para onde iríamos?
As nossas passagens seriam compradas com o benefício “De malas prontas”, que a MaxMilhas oferece para os colaboradores. Cada um de nós tinha 20 mil milhas para viajar e, então, a escolha do destino também era influenciada por isso.
Para que a viagem ficasse com o preço bom para cada um, seria interessante que os voos de ida e volta fossem de até 20 mil milhas. Depois de pensarmos na Colômbia, Bolívia, Uruguai, Chile, decidimos por fim viajar ao Peru.
Destino escolhido: e agora?
Depois de cumprir a tarefa árdua de escolher o destino, começamos a planejar todo o restante da viagem. E olha, tem bastante coisa pra organizar. Abaixo vou listar as mais importantes. Vem!
Bagagens e remédios
Em relação à saúde no geral, o Peru infelizmente tem uma saúde pública precária. Antes de sairmos do Brasil, nos certificamos de que nosso plano de saúde tivesse cobertura no país e compramos alguns remédios para levar.
Ao contrário do que pensávamos, foi muito tranquilo levar os remédios na bagagem. Para transportá-los retiramos todos de suas caixas originais e armazenamos em pequenas bolsinhas de plástico com as bulas, por precaução.
De bagagem, nós dois levamos uma mochila de trilha grande e uma mochila menor, que seria nossa bolsa de mão. Durante todo o voo de ida para Lima, conseguimos levar nossas mochilas na parte de cima do avião, sem nenhum impedimento das companhias aéreas.
Somente no voo doméstico de Lima para Cusco é que os agentes não me deixaram embarcar com minha mochila e tive que despachá-la. No voo de volta, achamos melhor despachar, mesmo sem precisar. Fique atento ao que você transporta na sua bagagem. O tempo todo é preciso passar nas esteiras e pela alfândega.
Check-in e documentação
Ficamos muito apreensivos com o check-in, mas não precisava. É tudo muito simples. Mesmo que você consiga fazer o check-in online pelo site da companhia aérea, é necessário fazê-lo no balcão também. Por se tratar de um voo internacional, as companhias precisam se certificar que você está com os documentos certos para seu embarque.
Uma curiosidade sobre o Peru é que eles não aceitam a CNH (Carteira de Motorista) do Brasil como documento oficial de identificação. Então, se for necessário tire a segunda via da sua identidade (RG) com antecedência.
Passaportes, visto e vacinas
Para viajar ao Peru não é preciso passaporte ou visto, mas é muito importante que sua carteira de identidade esteja em bom estado e com até 10 anos da data de expedição.
Vacinas também não são obrigatórias, com exceção da vacina contra febre amarela para viajantes que passarem pelo Acre ou Amazonas de carro ou os viajantes que forem fazer passeios na parte peruana da Floresta Amazônica. Fique de olho e tome sua vacina com antecedência mínima de 10 dias antes da data da viagem.
Câmbios e cartões
Fizemos várias pesquisas sobre o câmbio: o que seria mais viável pra gente e como não perderíamos dinheiro na conversão. Consultamos algumas pessoas que já tinham ido para o Peru e eles nos orientaram a comprar dólares. Depois, a orientação ao chegar no país era trocar pela moeda corrente no país: o Novo Sol.
Deu super certo porque, fazendo a troca, tivemos uma quantidade boa de dinheiro que deu para todos os 14 dias de viagem. Compramos 500 dólares com uma colega, que nos vendeu com um preço melhor e por lá trocamos.
Pagar as coisas no país é bem tranquilo. Eles aceitam Novo Sol, dólares e, em alguns lugares, aceitam até real. O problema é que, independente da moeda que você usar, dólar ou real, você receberá o troco em novo sol.
Por ser um destino turístico, a maioria dos estabelecimentos aceitam cartão de crédito de bandeira Visa. É isso mesmo! Pode ser difícil pagar com o cartão caso o seu seja Mastercard ou outra bandeira. Aqui aprendemos a sempre ter um pouco de dinheiro no bolso.
Meios de transporte, alimentação e hospedagem
O transporte público no Peru não é regularizado, por isso é possível ver microônibus faltando faróis, dianteira ou algum outro pedaço. Para quem gosta de se aventurar, pode ser uma experiência legal se locomover de van ou microônibus, mas quem não quer se arriscar, o Uber por lá não é tão caro.
No geral, a alimentação tem o preço normal de cidades turísticas, podendo ser um pouco mais caras nos centros da cidade. Para quem gosta de frango, a alimentação por lá é bem fácil. A principal carne que eles consomem lá é o pollo (o nosso frango).
Além do pollo, carnes como peixe (Ceviche) e lombo (lomo Saltado) também são pratos típicos peruanos. Somos vegetarianos, então os pratos com carne não nos apetecia, mas felizmente o Peru é o país de origem da batata.
Sim, o país possui mais de 3.500 variedades de batata. Não preciso dizer o que comemos por lá, né? A batata deles é incrível e vale muito a pena provar.
Já no assunto hospedagem, ficamos todos os 14 dias hospedados em apartamentos alugados pelo AirBnb. Quando colocamos na ponta da caneta, ficou mais em conta. Seja sempre criterioso com a escolha da sua hospedagem. Converse sempre com o anfitrião pelo aplicativo e não combine nada fora dele.
Ingressos e passagens domésticas
Compramos as passagens pela internet ainda no Brasil e pagamos um preço bom pelo serviço prestado pela empresa aérea. Cusco é a cidade em que você deve chegar para, de lá, ir para Águas Calientes ou Machu Picchu Pueblo (que são exatamente a mesma coisa), que é a cidade base da cidadela inca de Machu Picchu.
Os ingressos para ter acesso à cidade de Machu Picchu compramos também com antecedência pela internet, no site oficial do Governo Peruano. É possível comprar por lá também, mas como era nossa primeira vez, não queríamos correr o risco de chegar lá e os ingressos estarem esgotados.
Aqui, nossa dica pra vocês é que comprem e reservem tudo que conseguirem com antecedência.
Comunicação e língua
Nem eu e nem o Bruce somos fluentes em espanhol, mas desenrolamos bem no “portunhol”. Na verdade, eu tive aulas de espanhol na universidade e pude aprender o básico, porque gostava muito do idioma. O que não significa que seja extremamente fácil conversar e entender os peruanos.
O espanhol é a língua oficial do Peru, mas é possível que você se esbarre no Quechua. O Quechua é um dialeto ancião falado pelos membros do império inca que, ainda hoje, é possível ouvi-lo nos territórios correspondentes ao antigo território inca. Por isso, é possível que você não entenda algumas palavras, mas é perfeitamente possível se comunicar. E como é lindo ouvi-los <3
O Peru é um país incrível. As pessoas são bem acolhedoras e você se sente muito à vontade. Se tem uma dica que a gente dá é: se planeje e vá conhecer o Peru, seu povo forte, sua cultura colorida e suas belezas naturais.
Espero que este texto te deixe com mais tranquilidade ao planejar sua viagem internacional, e mais ainda, te deixe com vontade de conhecer o Peru. 😉
*Ada Gomes Ribeiro é turismóloga, especialista em viagem da MaxMilhas, gosta de cantar, de pequi, da sua cidade natal Araçuaí e ama sua mãe D. Olívia.