Quando e porque acontecem alterações na malha aérea?

Mas afinal, quando e por que isso acontece? E o que deve ser feito nestes casos?

Quando acontece?

Um primeiro ponto é saber que malha aérea é visão geral de ações que envolvem os voos em um determinado local. Nela, qualquer tipo de operação, como aeronaves, horários, escalas, são abordadas.

Em seguida, deve ser entendido como funciona a malha aérea nacional, da qual há dois modelos: o ponto-a-ponto e o hub. Ponto-a-ponto é quando um voo sai da sua cidade de origem e vai ao seu destino diretamente. O hub é quando um voo vai para um aeroporto central e depois para seu destino (normalmente são os aeroportos onde os voos fazem conexões).

As mudanças na malha aérea ocorrem principalmente quando:

  •          Há uma mudança de adequação para desafogar estes aeroportos com grande concentração de conexões, normalmente efetuadas em períodos de grandes eventos no local.
  •          Quando há um cancelamento dos voos diretos (ou seja, cancela-se a malha ponto-a-ponto) e é preciso recorrer às conexões para que se chegue ao destino.
  •          Em outros casos, a própria ANAC pode decidir por esta mudança por motivos de adequação, sem dar qualquer outra justificativa mais específica para a mudança.

Por que acontece?

A mudança pode acontecer por uma série de motivos, entre os principais:

  • Um maior número de voos em determinado trecho acaba sobrecarregando a malha aérea da região e, por isso, é preciso fazer determinadas mudanças para que não haja conflitos nos horários de partida e chegada das viagens;
  • Quando havia problemas logísticos ou de infraestrutura (como, por exemplo, voos que sempre tinham seus voos adiados ou cancelados por falta de teto ou de condições para decolagem e pouso) nos aeroportos de origem ou destino;
  • Torna-se mais vantajoso financeiramente mudar a malha ponto-a-ponto para hub para que as aeronaves não voem com poucos passageiros;
  • A presença de um número maior de voos na região devido a grandes eventos (como, por exemplo, as Olimpíadas no Rio de Janeiro) faz com que haja a necessidade de adequação da malha aérea para evitar conflitos;
  • Cancelamento do serviço da companhia de voos diretos entre determinados trechos, forçando o usuário a ter que pegar mais de um voo para chegar ao seu destino original.
  • Mudança feita pela ANAC para melhorar a logística operacional dos voos da região.

O que fazer nestes casos?

Muitas vezes, a mudança ocorre quando o passageiro já comprou a sua passagem comprometendo, assim, sua viagem.

Legalmente, a empresa sempre deve avisar ao passageiro se houve qualquer tipo de alteração com seu voo. Isto pode ser feito por SMS, ligação ou e-mail cadastrado pelo cliente no ato da compra da passagem. Com isso, o passageiro tem o direito de trocar a sua passagem sem qualquer custo adicional (diferente do que ocorre quando o cliente faz a troca por motivos pessoais) ou então até mesmo ser ressarcido integralmente, sem qualquer prejuízo, caso opte por cancelar a sua passagem.

Uma terceira opção que o usuário tem é a de ser realocado em voos de outras companhias (quando, por exemplo, é a operadora que decide cancelar determinado trecho e suas concorrentes continuam fazendo o trajeto).

Mas fique atento: se você comprar as passagens por agências de viagens ou outros portais facilitadores da compra, eles estão isentos da obrigação de avisá-lo. Caso a companhia não avise ao passageiro ou dificulte a troca da passagem, é possível exigir direitos ou reparação pelo prejuízo por meios legais.

Você já passou por algum problema relacionado com mudanças na malha aérea? Conte para nós sua experiência nos comentários!

Deixe um Comentário