Tibete, o teto do mundo

O Tibete é um país asiático que pode te impressionar mais do que você espera. Com uma história super rica e conturbada, o lar do budismo tibetano é um destino para descobrir mais sobre e se conectar com a natureza e a espiritualidade. 

Se o Tibete nunca passou pela sua cabeça, a gente está aqui para mudar isso! Trouxemos algumas informações que vão te ajudar a entender porque essa viagem pode ser a sua cara. 

Porque você precisa conhecer o Tibete?

Não estávamos brincando quando falamos que o país é milenar: com uma história de mais de 2000 anos, o Tibete tem muito a contar sobre o desenvolver da Ásia. Por lá, você vai conseguir ficar próximo da origem do budismo tibetano, a religião que nos fez conhecer os Dalai Lama, líderes espirituais do país. 

Outra característica que transforma o Tibete em um destino interessante é que, com sua área quase completa acima dos 4.000 metros de altitude, o país é um dos mais altos e, por isso mesmo, conhecido como teto do mundo. E se você imagina que essa altitude toda significa muitas montanhas incríveis para se observar e (quem sabe) escalar, acertou! O Tibete é inclusive o lar de um dos símbolos mundiais: o suntuoso Monte Everest. 

Hoje, o Tibete é uma província chinesa e, por isso, passa por um processo de colonização que tenta apagar sua história religiosa e reformar o país como um todo, para que fique mais a cara da China. No entanto, quem o visita comprova que ali ainda é palpável a força do budismo na vida dos tibetanos, que são provas vivas do que a fé é capaz. 

O que fazer no Tibete 

Bom, como você já deve ter percebido, o Tibete se separa em três grandes tópicos: religião, natureza e história. Com isso em mente, é possível traçar diferentes roteiros de viagem, privilegiando pontos turísticos que falem mais de um ou de outro. 

Para te ajudar a encontrar o que mais combina com você, separamos algumas informações sobre os 4 lugares mais procurados do país. 

Lhasa 

Palácio Potala - Tibete

Bem-vindo à capital tibetana! Um grande centro de encontro, Lhasa é perfeita para quem quer se sentir parte do país, imerso na cultura local, na religião e pronto para aprender mais sobre o Tibete com gente que vem de todos os lados do país. 

Por aqui você vai poder se conectar bastante com a religião e a história do país, que se entrelaçam bastante. Algumas sugestões de visitas são: 

  • Palácio Potala: o lugar foi construído originalmente em 637 como saudação à noiva chinesa do Rei Songtsen Gampo. Mais tarde, em 1645, fois construído o palácio mais atual, que serviu como a residência dos Dalai Lama até 1959, quando o 14° deles se transferiu para a Índia em refúgio político. O lugar, que hoje se tornou um museu estadual da China, conta com um complexo de palácios com mais de mil quartos distribuídos em seus 13 andares e é um dos Patrimônios Mundiais pela UNESCO. 
  • Templo de Jokhang: o monastério é o lado de um dos símbolos mais venerados do Tibete – o Buda Dourado. O templo, que tem mais de 25 mil m² e começou a ser construído em 618, é um marco na história do budismo tibetano. 
  • Rua Barkhor: esta é uma rua que circula o templo e, um local onde os peregrinos fazem orações, deve ser sempre percorrida no sentido horário.Quem a visita diz ser possível sentir os segredos que habitam as ruelas e a cultural viva do país. Por ali você encontra um mercado aberto e um dos principais pontos turísticos da cidade, ótimo para comprar especiarias e lembrancinhas. 
  • Palácio Norbulingka: o antigo palácio de verão dos Dalai Lama é um dos lugares mais sagrados para os tibetanos e um dos lugares mais bonitos da cidade. 

Gyantse e Shigatse

As duas maiores cidades do Tibete, ficando atrás apenas de Lhasa, Gyantse e Shigatse podem ser conhecidas em uma viagem de carro a partir da capital, por exemplo. As duas cidades são importantes para os budistas tibetanos e abrigam alguns dos símbolos espirituais mais importantes do país. 

Algumas sugestões de visitas por lá são: 

  • O Lago Yamdrok-Tso: localizado nas proximidades de Gyantse, o Yamdrok-Tso é um dos três lagos sagrados do país. Com as águas em um tom que vai do azul turquesa ao esmeralda, o lago é uma parada obrigatória, encantando qualquer um com sua beleza. 
  • Kumbum: esta é uma espécie de capela budista, construída com vários andades em um formado octagonal. O Kumbum de Gyantse foi o primeiro a ser construído no Tibete, em 1427, tem 35 metros de altura e uma cúpula dourada no topo e é um dos locais mais sagrados do budismo tibetano.
  • Monastério de Pelkor Chode: este é o maior monastério do Tibete e sua extensão é tamanha que já chegou a abrigar cerca de mil monges. O local é sagrado e conta como parte importante da história do budismo no país. 
  • Mosteiro Tashilhunpo: localizado em Shigatse e sede do Panchen Lama, que é a segunda maior autoridade espiritual do budismo tibetano, o local foi construído em 1447, configurando-se como um dos quatro maiores monastérios do país. 

Monte Everest

monte everest - Tibete

O Monte Everest (que, em tibetano, significa “mãe do mundo”), é considerado o pico mais alto do mundo, a incríveis 8.848 metros acima do nível do mar. O Monte é parte também da maior cadeia de montanhas que o planeta abriga: os Himalaias. Sendo um espetáculo por si só, é possível se aventurar mais próximo do Everest. 

A opção mais comum é ir até o Acampamento Base Norte, que fica a 5.510 metros de altitude. Para chegar até ali, você precisa estar acompanhando de um guia turístico. Nossa dica é que você tente chegar antes do pôr do sol, para que possa ter a visão incrível e indescritível dos últimos raios do dia incidindo sobre a cadeia de montanhas. 

Quando ir ao Tibete?

O Tibete é daqueles destinos em que a pergunta certa não é “qual a melhor época para visitar”, e sim “qual a melhor época para fazer as atividades que pretendo fazer”. 

Dito isso, é também sempre importante lembrar que o país é conhecido por ter um inverno congelante, então se for se aventurar pelo país entre dezembro e março é preciso estar preparado e bem agasalhado. 

No verão e, principalmente entre junho e agosto, o país se enche de festivais e os dias têm a temperatura agradável. Para quem pretende encarar as montanhas do país e se aventurar por atividades mais ligadas à natureza, como o trekking, é interessante visitar o país no outono, principalmente entre setembro e outubro, quando as temperaturas ainda estão agradáveis e o céu azul e limpo ajuda a ter dias mais claros. 

O que você precisa saber antes de viajar para o Tibete

Antes de viajar para o Tibete você precisa entender alguns pontos de logística e cuidados necessários. 

  • Por ser um país pertencente à China, você precisa de uma permissão especial, emitida pelo governo chinês, para poder entrar no Tibete. Isso pode ser conseguido por meio de agências de viagem especializadas; 
  • Outro ponto que vem do domínio chinês sobre o país é o fato de que não existem voos diretos para o Tibete. Você deve viajar até a China e, de lá, pegar um voo ou um trem para o país de destino final. 
  • Lembra que falamos sobre a altitude geral do país estar acima dos 4 mil metros? Isso implica na necessidade de um período de aclimatação quando você chegar ao país. Nossa dica é que você use pelo menos dois dias para fazer isso, mantendo uma rotina mais tranquila, menos focada no turismo e mais focada no descanso; 
  • Para entrar no Tibete você precisa estar com um certificado de vacina de febre amarela em mãos.

 

O Tibete é um destino que vai te ensinar mais sobre a força da espiritualidade e te conectar com a natureza de uma forma diferente de tudo o que você já fez!

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