Planos de internet para intercâmbio: como escolher o ideal para você?
Descubra o que analisar antes de escolher um dentre tantos planos de internet para intercâmbio e se mantenha conectado sem dificuldades no exterior.
Quando se planeja estudar no exterior é comum ter tantas coisas para pensar e decidir a respeito do assunto que muita gente acaba esquecendo de um detalhe importante: os planos de internet para intercâmbio. Afinal, não dá para viajar e ficar desconectado de tudo e todos, não é mesmo?
É justamente ao se dar conta dessa necessidade que os futuros intercambistas se perguntam como contratar um plano em outro país, qual a documentação necessária para isso, como decidir qual pacote atende melhor as necessidades deles, quais são as operadoras de telefonia mais conhecida e por aí vai.
Pensando nisso, a gente resolveu dar uma ajudinha trazendo tudo o que você deve levar em conta para escolher o melhor pacote de dados. Acompanhe!
Escolhendo a melhor internet móvel
Neste primeiro tópico, nós reunimos todos os pontos que você deve analisar e — quando for o caso — comparar as opções, antes de bater o martelo e escolher um pacote de internet móvel para usar. Por isso, fique atento e, se preciso, pegue papel e caneta para anotá-los! Assim, você evita fazer uma péssima aquisição e gastos desnecessários que podem pesar (e muito) no seu bolso. Veja!
Considere a duração do seu intercâmbio
Para começar, tenha em mente que o tempo que você passará no exterior vai impactar diretamente não só a sua escolha entre os possíveis planos de internet para intercâmbio, mas também o custo-benefício dela.
A razão disso é que a grande maioria das operadoras de telefonia em outras nações contam com pacotes de internet móvel que vão de 7 até 90 dias e são voltados exclusivamente para estrangeiros que estão visitando ou passando um período na região. Ou seja, eles são ideais para aqueles intercâmbios de curta duração, como os de idiomas, os de férias e os de voluntariado.
No entanto, se você pretende permanecer mais de três meses no destino — o que é comum em graduações completas, graduações-sanduíche e pós-graduações (mestrado, doutorado, MBA etc) —, saiba que, infelizmente, não encontrará pacotes similares para além desse período de tempo.
Ao contrário, você terá que fazer como os demais cidadãos do lugar e utilizar um chip de alguma companhia local na modalidade pré-pago ou pós-pago.
Verifique a cobertura (e os custos) da sua operadora no exterior
Uma das primeiras ideias que passa pela cabeça de quem vai ser intercambista é usar o mesmo chip do Brasil lá fora, já que a Tim, a Claro e a Vivo tem cobertura em outros países. Ou seja, muitas pessoas acreditam que é só checar se o destino escolhido está na lista de localidades atendidas pela rede que já utiliza e estará tudo certo.
Porém, não é bem assim, viu? Ao usar seu celular no modo roaming internacional, será obrigatório contratar algum dos pacotes oferecidos pela sua operadora para esse fim. O problema é que, além de os preços serem salgados e a franquia de internet ser bem limitada, a maioria dos planos nacionais são voltados para quem é cliente pós-pago.
Portanto, é interessante se informar sobre o custo que você terá caso opte por essa alternativa e se ela não vai pesar no seu bolso, especialmente se for passar um longo período em outro país.
Pesquise operadoras locais no seu destino
Na contramão da opção da anterior, há a possibilidade de utilizar uma operadora local da cidade na qual estudará. Ou seja, assim que chegar ao seu destino, você vai a uma loja do segmento de telefonia e adquire o seu chip.
Às vezes, é possível fazer isso ainda dentro do aeroporto, já que diversas redes têm quiosques na área de desembarque, que são voltados para atender justamente turistas e imigrantes com pacotes semanais/ mensais de dados que já mencionamos. Para se ter ideia, só é preciso apresentar seu passaporte (para comprovar que você é estrangeiro) e fazer o pagamento. Simples e rápido!
Por isso, antes de viajar, faça uma pesquisa prévia para descobrir não só quais são as companhias existentes na região, como qual delas tem a maior cobertura (inclusive internacionalmente), qual oferece a melhor assistência ao consumidor e qual conta com o melhor custo-benefício. Abaixo, seguem algumas das principais ao redor do mundo:
- EUA: T-Mobile, Verizon, AT&T e Sprint;
- Europa: Movistar, Orange, Vodafone, Moche, MEO e Telekon;
- Reino Unido: EE, Vodafone, O2 e Three;
- Austrália: Telstra, Ptus, Aldi Mobile, Kogan Mobile e Vodafone;
- Japão: NTT DoCoMo, SoftBank e AU;
- América do Sul (exceto Brasil): Movistar, Claro, Personal e WOM.
Analise a oferta de chips internacionais
Fora se tornar um usuário de uma operadora local no seu destino, você ainda conta com outra possibilidade: adquirir um chip internacional da O2, Travel Mobile, EasySim4U, Chatsim entre outras. Esse modelo de chip é comercializado em todo o planeta e é oferecido por companhias pequenas de telecomunicações ou subsidiárias de grandes corporações do ramo (como as mencionadas no item anterior).
Por conta disso, têm pacotes com preços bem acessíveis, funcionam exclusivamente no formato pré-pago e não contam com filiais de suporte técnico — o atendimento é massivamente virtual. Para completar, eles podem ser adquiridos ainda no Brasil por meio do site.
Procure pacotes que cubram todo o seu período no exterior
Ao pesquisar sobre diferentes planos de internet para intercâmbio, tenha cuidado para não se deixar levar somente pelo preço e fazer uma má escolha. Isso porque de nada adianta optar por um pacote de 3GB por 30 dias por exemplo, mas consumir tudo em duas semanas. Como resultado, você terá que contratar um novo pacote e gastará o dobro do planejado. Percebe como nem sempre o mais barato é a melhor opção?
Portanto, nada de se apressar! A nossa dica é conferir qual é a média do seu consumo mensal de dados no Brasil no último trimestre. Feito isso, pegue esse valor e multiplique-o por dois para cada 30 dias que você passar no exterior.
Para exemplificar, imagine que você gasta por volta de 5GB por mês na sua cidade natal e passará um semestre em outro país. Para ficar prevenido e não passar nenhum perrengue, já que você usará bem mais o celular no dia a dia, o ideal é adquirir um plano de 10GB por mês pelo período que permanecerá no seu destino. Bem simples, não?
Prefira pacotes com acesso ilimitado a aplicativos de comunicação
Se considera um heavy user das redes sociais — do tipo que posta tudo o que faz nos stories do Facebook, Instagram e Snapchat — e alguém que não vive sem WhatsApp para conversar com a família, o(a) namorado(a) e os amigos? Então prefira uma operadora que oferece planos nos quais esses aplicativos de comunicação e interação instantâneas não consumam seus dados. Ou seja, tenham acesso ilimitado e gratuito.
Isso pode parece um detalhe simples e até irrelevante para quem quer contratar um pacote de 10GB ou mais por mês, mas acredite: faz toda a diferença para quem utiliza eles por longos períodos durante o dia. Assim, você corre menos riscos de ter sua franquia de internet móvel esgotada antes do tempo por fazer muitos uploads e downloads de imagens, áudios e vídeos.
Cheque se o plano também dá acesso a redes de WiFi pela cidade
Outro ponto útil para ser analisado e, é claro, também comparado é quais os planos dão direito ao acesso gratuito a pontos de WiFi da companhia pela cidade.
Isso porque é muito comum na Europa, por exemplo, que as operadoras instalem totens de acesso para os usuários dela em áreas estratégicas do município, com repartições públicas, centros de eventos, parques, shopping centers, igrejas etc. Portanto, contar com esse benefício extra pode ser uma grande mão na roda!
Fique atento aos planos com e sem contrato
Se o seu intercâmbio é de longa duração, é fundamental que você fique atento a quais operadoras oferecem serviços sem a necessidade de um contrato (documento que é uma exigência comum na modalidade pós-pago que temos no Brasil)
O motivo disso é que muitos desses acordos contratuais requerem uma documentação extensa, como cópias do passaporte e do visto, um comprovante de residência e um cartão de crédito internacional com limite disponível. Além disso, eles têm prazos fixos bem extensos (de um ou dois anos, por exemplo) e multa em caso de cancelamento, como é comum nos EUA.
Logo, se você adere a determinada companhia e não gosta do serviço e do atendimento que a mesma oferece, pode acabar preso a ela ou então ter uma despesa alta para se ver livre do acordo. Por isso, o ideal é dar preferência às redes com planos sem contrato (pré-pago).
Leve em conta benefícios extras além da internet
Um último ponto importante é levar em conta o que mais está incluso no seu plano antes de contratá-lo. A razão disso é que é a maioria das companhias ofertam combos com internet móvel, minutos para ligações (nacionais e internacionais) e SMS por preços bem compensadores para que você pague taxa única para usufruir de tudo isso.
Logo, se você estará em contato com muitas pessoas durante o intercâmbio (seja marcando programas culturais, seja agendando atividades turísticas) e quer ter uma rotina na qual faz chamadas regularmente para a sua família, é uma boa ideia investir em um pacote desses.
Optando por alternativas extras para se manter conectado
Para concluir nosso post, reunimos algumas alternativas para quem quer se manter conectado enquanto estuda no exterior, mas não quer depender exclusivamente da internet móvel. Afinal, você pode precisar fazer trabalhos e pesquisar arquivos de mídia para as aulas do intercâmbio, por exemplo — algo que não vai ser tão simples com o 4G e que vai demandar o uso de computador ou notebook.
Além disso, sempre há a possibilidade de o celular descarregar quando você estiver nas ruas e quando mais estiver precisando dele. Aí não dá para ficar perdido e sem saber como chegar até determinado lugar, não é mesmo? Portanto, veja nossas sugestões!
Utilize o WiFi das áreas públicas
A primeira alternativa é prestar atenção em quais áreas do seu destino há pontos de WiFi gratuitos. Dessa forma, quando for preciso, basta se dirigir a um deles e voilà!
Afinal de contas, é muito comum que locais públicos, como estações de metrô, ônibus e trem; parques, praças e regiões com pontos turísticos, disponibilizem internet para os cidadãos. Isso sem falar, é claro, que algumas cidades contam com uma rede de cobertura bem extensa para facilitar o acesso das pessoas à web e que é mantida por acordos comerciais realizados pela prefeitura local, como é o caso de Nova York e Seoul.
Frequente locais com internet disponível
Além das áreas públicas, você sempre pode contar com estabelecimentos que tenham internet liberada para os frequentadores do espaço, como é o caso de cafés, restaurantes, lanchonetes e bistrôs. Assim, enquanto faz sua refeição ou um lanche rápido, você consegue acessar seu e-mail, falar com os familiares e amigos pelo WhatsApp e conferir as suas notificações nas redes sociais.
“Mas e se eu não quiser gastar para ter acesso ao WiFI? O que posso fazer?”, você deve estar se perguntando. Saiba que há outros locais que também disponibilizam internet grátis. Um bom exemplo são os centros comerciais.
Procure hospedagem com internet grátis inclusa
Caso você planeje fazer um intercâmbio de curto período e decida se hospedar em um hostel, hotel ou residência pelo Airbnb durante sua estadia no exterior, não marque bobeira: faça uma reserva que tenha internet inclusa no valor da diária. Essa é uma questão simples, mas que permitirá que você se mantenha conectado constantemente enquanto estiver em casa e, dessa maneira, economize o 4G.
Para tanto, é fundamental que você cheque esse detalhe ao se informar sobre as comodidades oferecidas no local. Se não, pode acabar sendo surpreendido negativamente se deixar para tratar do assunto apenas quando chegar ao país, já que, embora pouco comum, ainda há hospedagens que cobram pelo acesso diário ao WiFi.
Contrate banda larga particular para a sua residência
Por fim, caso o seu intercâmbio seja de longa duração e você alugue um imóvel para residir no seu destino, o ideal é contratar um serviço de banda larga assim como faz no Brasil. Nessas situações, a nossa dica é aproveitar para pesquisar sobre o assunto antes de embarcar, não só para ficar por dentro da documentação necessária, mas também para conhecer os planos oferecidos e os valores cobrados por eles.
De quebra, você ainda se informa de antemão se o país no qual vai estudar adota franquias de dados — algo que é comum, por exemplo, nos EUA, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
Agora que você já sabe o que levar em contar ao pesquisar sobre os melhores planos de internet para intercâmbio, vai ser muito mais fácil acertar na escolha e ficar sempre conectado no exterior. Portanto, não deixe de seguir todas as nossas sugestões!
E já que falamos sobre intercâmbio ao longo do post, aproveite para conferir quais são os melhores países para se viver essa experiência incrível!